quinta-feira, 21 de março de 2013

Por que não estás por perto?!



Tamanha a sede
e o poço, inexistente
Tamanho frio
teu corpo quente ausente
o corpo louco
envolto em tempestasde
te quero amor
me quer só amizade
a sombra muda
é presa do silêncio
(...)






 

revisitando lápides

O que restou senão  o cortejo, o delírio e a dor calada?

No quarto, na penumbra, uma prostituta insone embala um filho louco.
Nos umbrais da noite indigesta se faz ouvir os uivos dos lunáticos.

Disforme presença se aproxima da cabana silenciosa; um cortejo espectral faz estremecer o hóspede na estrebaria.

Da desesperança, o nosso tempo parece mais uma metáfora sibilina.

                                               
                                                   (...)



E que haja uma luz redentora na noite densa do medo pois o  homem prossegue, imperturbável, sereno, no seu combate feroz e letal.

E que haja um abrigo  para aqueles que vagam no labirinto desses dias pétreos e um pequeno farol a guiar os pequenos que chegarem durante o inverno tempestuoso.

E que haja uma fogueira inextinguível e perene no meio do dia. 


Oz

março de 2013

Ao meio-dia


O que restou senão a lembrança, a febre insinuante e a solidão?!


Não restou mais nada a não ser o delírio, a sombra do cortejo

e a dor calada...

Oz
03:42 hs
22.12.2012