quinta-feira, 7 de julho de 2011

Goiânia, outubro de um ano qualquer...

" Nesta vida, morrer não é difícil, o difícil é a vida e o seu ofício ".
Maiacóvsky

W. dadas as circunstâncias, acredito que a epígrafe & epitáfio & aviso acima reflete muito bem aquilo que nos engarrancha no cérebro por algumas horas. Triste constatação.
Tudo bem, acredito poder extrair ainda desse bosque no qual habitamos algo que nos faça sorrir e gargalhar e continuar, mesmo que seja o pio lúgubre da acauã ( conhece esse pássaro, não é mesmo ? ).
W. o que faz um homem se levantar todos os dias, a cada manhã, por anos a fio, numa busca incerta, num mundo povoado por pessoas prontas a disparar suas certezas inquestionáveis?! Nós " máquinas desejantes " que somos, percorremos atalhos e labirintos em busca do verbo que nos lance no lago invisível e gélido e cáustico da vida imaginária e nos cobre cotidianamente o manto áspero do tempo inenarrável que não possibilita o retorno à fonte primária, esta face oposta da morte transeunte.
( continuo depois )