No quarto, na penumbra, uma prostituta insone embala um filho louco.
Nos umbrais da noite indigesta se faz ouvir os uivos dos lunáticos.
Disforme presença se aproxima da cabana silenciosa; um cortejo espectral faz estremecer o hóspede na estrebaria.
Da desesperança, o nosso tempo parece mais uma metáfora sibilina.
(...)
E que haja uma luz redentora na noite densa do medo pois o homem prossegue, imperturbável, sereno, no seu combate feroz e letal.
E que haja um abrigo para aqueles que vagam no labirinto desses dias pétreos e um pequeno farol a guiar os pequenos que chegarem durante o inverno tempestuoso.
E que haja uma fogueira inextinguível e perene no meio do dia.
Oz
março de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário