quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

pequena canção do espelho





Naquele espelho busco
a minha silhueta
embora eu não espere
encontrar tal faceta.
Naquele espelho vejo
alguém que me acena
embora eu não consiga
vencer o meu dilema.
Naquele espelho sinto
a sombra do absurdo
e ela é o açoite
o meu brasão noturno.
Naquele espelho ouço
ruídos fantasmais
espelho-calabouço
metades desiguais.
Naquele espelho jaz
a imagem da razão
o mais recente tema
mordaz de uma canção.

Meu insano dilema
é uma faca afiada
e já não há mais nada
cavalos, rios, poemas.

Oz
10.12.2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário