sexta-feira, 7 de agosto de 2009

sapatos

Quem de nós, meu velho par de shoes, terá uma dívida para com o outro ?! Em quantos caminhos podíamos ter trilhado, em quantas veredas, em quantas ? Em quantas ? De quem será a culpa ? Não sabes, não sei... minhas raízes-cárceres, meu medo, minha letargia, hoje estou no porto dos desesperados.
Sei que um dia, ao voltar o rosto, talvez tenha o consolo do camponês que vê brotar o trigo após tanto tempo plantado no solo enquanto vê à distância as velas do último barco que se afasta do pôrto rumo a algures prenhe de seus marinheiros bêbados e dos seus sonhos de glória...

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