domingo, 12 de novembro de 2017
Fome
Alimento-me do verbo
e não por sede ou fome de saber
se a vaidade me impulsiona ou o acaso
o verbo é o meu pão...
sei lá o porquê !!
O apetite voa e pousa em tudo
e todo instante agora é a vida inteira
e, no menu, o prato é o absurdo.
Abrigo e fonte de uma fome infinita
minha memória se sacia no vazio
de uma noite sufocante e um dia frio.
...E alguém me diz de um tempo incerto e mudo.
Meu alimento é o verbo decadente
sombras de sombras e declarações não ditas
alimento-me do que me é ausente.
Oz
12 de Novembro de 2017
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