domingo, 21 de janeiro de 2018

De um lugar-comum (e outros chavões...)




Num dia estamos aqui
num outro somos lembrança
num dia há tanto medo
num outro tanta esperança

Em busca dos próprios passos
a sombra nos acompanha
num corpo com pouco espaço

( ...e tudo é tão inútil )

A recusa em partir
O desejo de chegar
Por quê ficar ?! por quê ir ?!

Tanta ausência mortifica
Tanta palavra emudece
Tanto medo paralisa

A morte, a não-presença
tão presente nessa dança
a que chamamos de vida

Num dia estamos aqui
num outro temos que ir...

Em algum canto, na noite
diz a doce voz do vento,
os sinos dobram por ti

Teu viver é o teu açoite
Te abrigas em pensamentos
por não ter como fugir

( e tudo é tão estranho...)

Palavras, o vento leve
na face, sinais de febre
sinais de vida, distante

na mente, brota o deserto
e estrangula no berço
minha sede de navegante.

( e tudo é tão previsível...)



Oz
21 de Janeiro de 2018.


































































































































































T

Nenhum comentário:

Postar um comentário