sábado, 13 de agosto de 2011
Derrota
Oh, meu pequeno exército
eu, capitão sitiado
desertor de mim mesmo
busco, a esmo, o caminho de casa, mas é tarde, eu sei.
Meu exército de fuzis de cêra, o verão não tarda, lamento..
onde estão os nossos inimigos
talvez lá fora..
talvez cá dentro...
Nossa fortaleza à margem do mar morto foi incendiada
Nossa pavilhão capturado
Nosso soldo trocado por sete escravas brancas.
Meu coração em frangalhos
Ao relento, os companheiros mortos.
À distancia, uma obscura canção embala o sono espectral de moribundos prisioneiros.
Tempos sombrios
sentidos pétreos
Nas tendas, nas alcovas, nas ravinas, há lágrimas, há sêmem , há medo...
Estejamos vigilantes para que, ao amanhecer, não nos tornemos os mais novos inquilinos daquele cemitério inexistente e pagão.
Oz
Julho de 1996
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário