Etzel
Na sua busca Etzel se tornou o dia e a noite, a tempestade e a calmaria, as alturas do sono e as funduras do negro despertar.
Ele busca a lâmpada que se perdeu na noite incipiente e com ela pretende rasgar a cortina que se instalou entre a sua fome primária e o seu alimento de pedra.
Primogênito da obsessão e do caos, em seu coração insone a tempestade formou ninho.
No outono seus olhos se enchem de lágrimas negras, mesmo assim, ele avança com seus sapatos de aço e sob os seus tacões brotam águas pestilenciais.
Ele é o semeador e dos teus lábios brotam frutos pantanosos.
Etzel quisera ser de pedra mas o teu coração é árvore e neve e imensidão.
Ah, Etzel! Quão triste é o teu caminho e pesado o teu fardo!
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