sexta-feira, 3 de junho de 2011
Canção triste para Etzel
Na sua busca incessante, Etzel se tornou a sombra e a luz, o vendaval e a calmaria, o labirinto do sono e a chave do longo despertar.
Seu olhar, um farol na noite incipiente.
Ele usa a sua mente afiada para rasgar a cortina que se instalou entre a sua fome primária e o seu alimento de pedra.
Semeador,dos seus lábios, por vezes, brotam frutos pantanosos.
Seus olhos se enchem de lágrimas mas ele avança com seus sapatos de aço, o retinir dos tacões a incomodar os ouvidos insensíveis de um mundo espectral.
O seu coração é árvore & animal & imensidão.
Oh, Etzel! Quão triste é o seu caminho, pesado o seu fardo e infrutífera a sua busca.
Etzel ruma ao desconhecido do homem e talvez não saiba que o seu destino já foi traçado pelo oráculo do vinho.
Ele percorre os muros de pedra da cidadela e na grama úmida onde pisa se desenha o lamento de um louco.
Ele busca na penumbra dos seus dias insones o bálsamo para um mundo ferido.
( Enquanto isso, Têmis permanece adormecida no coração do labirinto...).
Oz
08.05.2010
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