terça-feira, 13 de setembro de 2011

às vezes


Às vezes a vejo
radiante mágica
às vezes a desejo
sob o sol, no cais
o teu corpo lúcido
sápido, faminto
fonte, labirinto
dos meus tantos ais...

Ninfa primitiva
às vezes a sinto
lenda, quase tímida
fonte de corais

invisível, cálida
tão quieta, pálida
doce absinto
branco vinho tinto...

Teus olhos fechados
tua indiferença
meu desejo alado
minha dor imensa...

Às vezes a vejo
estranho mosaico
um amor prosaico
tempos não normais...


Às vezes desperto
vendo um mundo insano
ninguém sabe ao certo
se somos "humanos"...



Oz
Maio 2011

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