domingo, 15 de fevereiro de 2009

01 de maio de 1996

Ao chegar em casa hoje, aos 00:17 minutos da madrugada, sentia-me confuso, misto de alegria e medo e culpa. O motivo é que ouvi algo que esperava ouvir e , ao mesmo tempo, temia. "Acho que estou gostando de você, Ozênio" Após um tempo sentindo-me (inexplicavelmente) preso a uma mulher, e fazendo-a notar isso, começo a tentar vê-la de um outro modo, por um novo ângulo e, a custo, acostumando-me a idéia de não tê-la, ouço, nesse feriado, a declaração, antes citada, de um modo sério, sincero, cálido,diria, e não sei mais como agir ou o que dizer. Mulher que se faz forte, mas percebo-a frágil, meio desprotegida, quase que ingênua e sinto-me culpado de algo que não saberia dizer o que é exatamente. Onde os nossos passos nos levarão ? É bom não saber, tenho que acreditar nisso.

03 de maio de 1996

A garota do cemitério me liga, quer que eu vá ao seu encontro, não posso. E talvez não quero, não sei. Noite. Pequena colina. Capim alto ,estrelas, lua em brasa . Nada faz muito sentido e nem precisa fazer.

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