10 de maio de 1996
As palavras se vestem de segredo... e o segredo? Se veste de quê? Neste momento, sinto que o mundo no qual habito, tem as suas bases em palavras que giram ao meu redor e elas têm peso, cor, brilho, espessura, cheiro, densidade, enfim, é necessário que apalpemo-las, beijemo-las; sentimos o calor ou o frio que cada uma pode trasmitir ao nosso interior.
A poesia pode fazer presságios mas não enche estádios.
Poesia é acidente em auto-estrada onde ninguém bateu em nada.
Na calçada cosendo o tédio e o olhar envolto em nada.
Amar valeria as pernas do pássaros alados?
Amar valeria o vôo de um pássaro empalhado numa tarde de estiagem?
Esperar uma noite por um verso insone e a sede é tanta, a palavra é o cálice.
Vivo a miragem de uma morte líquida e sorvo as horas no lago do silêncio.
Meu gesto é invisível. Não tenho álibí.
As palavras se vestem de segredo... e o segredo? Se veste de quê? Neste momento, sinto que o mundo no qual habito, tem as suas bases em palavras que giram ao meu redor e elas têm peso, cor, brilho, espessura, cheiro, densidade, enfim, é necessário que apalpemo-las, beijemo-las; sentimos o calor ou o frio que cada uma pode trasmitir ao nosso interior.
A poesia pode fazer presságios mas não enche estádios.
Poesia é acidente em auto-estrada onde ninguém bateu em nada.
Na calçada cosendo o tédio e o olhar envolto em nada.
Amar valeria as pernas do pássaros alados?
Amar valeria o vôo de um pássaro empalhado numa tarde de estiagem?
Esperar uma noite por um verso insone e a sede é tanta, a palavra é o cálice.
Vivo a miragem de uma morte líquida e sorvo as horas no lago do silêncio.
Meu gesto é invisível. Não tenho álibí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário