sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um dia de chuva

Onde está o sentir quando adormeces sobre a explosão da nuvem de gansos selvagens migrando pro hemisfério esquerdo do teu cérebro.
O silêncio habita aquela cabeça que vela os caminhos obscuros do mundo.
O sono das horas guardam mil teorias sobre a eternidade.

Sou o cara que perdeu a chave da casa paterna; orfão da palavra, por isso sou tachado de moderno.
Sou a poeira sonora do pós e das causas, presa facil da máquina.
Espreito a revoada bárbara e ensípida dos vocábulos. Pós e neo e trans e uma droga de outros tantos infinitos radicais.
O lado em silêncio da casa.

O verbo inútil a tiracolo.
Um maldito idiota romântico.
E a indigente retirou a face perante a possibilidade do chute.

O décimo terceiro pai do meu colega de quarto é aquele velho cego que o assombra com o fantasma do verbo pelos corredores da casa.
Preciso descobrir a morada do silêncio, e a noite entrarei sem nenhum fardo que possa me impedir de navegar até as altas torres que habitam a ágora.Meu colega, o neto possível do velho cego traz sempre consigo pepitas no bolso e as atira em seus moinhos de vento.

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Ainda ontem rolou uma puta palestra no ICHL com o filosofo Roberto machado da UFRJ sobre Zaratustra, do Nietzche, uma bela viagem.
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Últimos dias. Holden Caulfield ou algo que o valha. Salinger. O apanhador no campo de centeio 1965.

Você é minha cidade.
preciso sair de ti para ver quando medem tuas torres mais altas.
Paciente de uma loucura pacífica.
Não sair a bater portas nas alas do imaginário.

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